quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ata 1. Encontro

Ata da primeira reunião do Fórum “Tecendo a Rede “, realizado em oito de agosto de dois mil e oito, reunindo diversas instituições e lideranças que desenvolvem trabalhos nas regiões do Pró–Morar, Pq. Santa Madalena, Jd. Elba, Planalto Conjunto Teotônio Vilela entre outras.


O relatório, abaixo, apresenta a síntese das falas e os encaminhamentos.
Abertura: Valéria

“A rede já existe, o que falta somos nós”
Momento: idéia crescendo a rede

Objetivo do encontro : Thiago

O Núcleo de Proteção Especial Jd. Sinhá atende a demanda de vários bairros, dentre eles, Teotônio Vilela e Pró- Morar Sapopemba. Com isso, surgiu o contato com a UBS – Teotônio Vilela para estreitar as relações. Desse contato surgiu a idéia de convidar os vários projetos, em especial da região do Teotônio Vilela e Pró Morar, como forma de construir a rede.

Apresentação do Cronograma das Atividades do Encontro
Apresentação : cada participante apresentou-se de forma breve.
Abertura das discussões: Nilza

De um encontro informal entre o CEDECA e a UBS, percebeu-se que existem na região vários projetos que atuam com crianças e adolescentes, porém de forma isolada. Pensamos na possibilidade de montar um trabalho em conjunto na região. A proposta desse primeiro encontro é para nos conhecermos, saber o que está sendo feito na região, saber o que o outro está fazendo, para assim construirmos encaminhamentos. É importante nos conhecermos, nos olharmos, pois muitas vezes conversamos apenas por telefone no momento de fazer um encaminhamento, mas não sabemos com quem estamos falando. Reuniões desse tipo facilitam essa troca, esse conhecimento, e quando formos fazer um encaminhamento de um caso, talvez seja com outra qualidade. A rede está feita, falta emendar os pedaços. Aqui tem um monte de pedaços.

Neste momento foi aberto para que os Projetos apresentassem suas atividades:
Silvia/ Florinda (Ação Família) - trabalho com 1050 famílias do Pro Morar I e II resgatando-as, oferecendo oficinas, geração renda, palestras temáticas. A família é vista como um todo, desde crianças, jovens, adultos e melhor idade.
Ana Paula (CEC Dona Perseverança) – Relembrou um pouco da trajetória de D. Perseverança e de sua importância para a comunidade do Pró-Morar, finalizou dizendo que o CEC é “um pedaço do que ela deixou “. O Centro Educacional Comunitário atende 60/65 crianças de 6 à 11 anos. Têm um grupo de coral do Bom Parto e oficinas. Ela faz um convite para que venham conhecer o espaço.
Marilene- agente de prevenção - (Projeto Elas por Elas) - o Projeto oferece orientação sobre DST/AIDS nos lugares que menos se imagina: sacolão, feiras, supermercados, etc. Oferece teste rápido p/ HIV, preservativos, Plantão Jovem, Melhor Idade (prevenção na 3ª idade). Há uma ONG que atua no Betinho com cursos de informática gratuitamente, dessa forma busca-se quebrar barreiras do preconceito de não entrar no Ambulatório.
Rosângela (NPV - Nasci para voar) – educadora social - projeto existe há 9 anos, atende crianças e famílias em situação de ciclo de violência. Possui psicólogo, assistente social, advogados e educadores. Atendimento a 100 crianças (130 a 150 por mês). A equipe atua junto à demanda.
Lucélia e Andréia (NPE – Núcleo de Proteção Especial) - projeto piloto desde 2004. Trabalho voltado para medida socioeducativa e ciclo de violência. Atendem em média 120 adolescentes em cada núcleo, inclusos os de ciclo de violência, o que é ruim, pois deveriam separar do trabalho das medidas socioeducativas. Não há definição do que é ciclo de violência, é preciso de um trabalho a parte.

Há dois núcleos – Madalena e Jd. Sinhá.
“O adolescente não é nosso, é da rede”.

Andréia citou um caso de um adolescente que não conseguiu vaga na escola porque apresentou o encaminhamento do CEDECA. “O adolescente que foi encaminhado pelo CEDECA não conseguiu vaga, foi passado para diretora resolver. Esse adolescente teve conflito com a lei, contudo, devemos entender que ele não ficará para sempre.”
Renata (CDHS – Centro de Direitos Humanos de Sapopemba) - O CDHS nasceu em 2001 idealizado por Pablo e outros. Objetivo: levar denúncias de violação dos direitos humanos. Trabalha com “formação” para levar ao conhecimento da comunidade questões jurídicas, sociais e politizar a mesma. Cartilhas – abordagem policial e atendimento às mulheres. Fora daqui pensam que “Sapopemba é muito bem articulado” – refere-se a popularidade dos serviços em nossa região. Falou da importância de ir contra a política neoliberal e que o povo pode ter conhecimento do que pode ou não em relação a questões jurídicas de acordo com a demanda trazida pela comunidade. Dia de plantão jurídico: segundas-feiras das 9H às 12H, exceto em questões emergenciais. Há dois anos ganharam Prêmio Milton Santos. Agora, Prêmio Betinho segunda-feira 11/08/08 18H. Explicou como as pessoas podem ser sócias do CDHS.
Rutenéia (ex ACS) projeto Livre Acesso – Dentro da UBS – Jd. Elba. Mantido por colaboração pastoral e moradores. Demanda: rede escolar acompanhada por PSF, trabalham com atividades físicas entre outras.Um dos objetivos é dar continuidade ao PSF para comunidade. Endereço Custódio Martins (marginal oratório).
Rita / Miriam: sopão na igreja. “MÃOS QUE FAZEM” – trabalho artesanal – trata-se de mulheres da própria comunidade que procuram atender “famílias carentes?”— (existe uma comissão da sopa?).
Maristela (escola Aroldo de Azevedo) – “Os alunos vêm com problemas de casa” – afirma a importância do contato entre escola-ACS (Agentes Comunitárias de Saúde) na rede de forma efetiva para que a escola possa identificar e saber com quem está lidando e encaminhar esse aluno para o futuro. Em sua fala destacou seu propósito na escola ao assumir a direção “não pisar num solo que eu sentisse que é lixo”. A escola atende cerca de 3000 alunos segundo a mesma de 10 a 18 anos e 25 a 40 anos ou mais no pelo método EJA. Destacou que os próprios pais gostam de colaborar na escola – Política de Reconhecimento que pixar, fumar, quebrar ou destruir o ambiente escolar não é correto.
Maria Luísa (Cantinho da Esperança) – do projeto NASCE. Trabalham com crianças de 04 a 13 anos no período da tarde e 13 a melhor idade. Cadeirantes e com fraldas. “Trabalhamos com pedagogos, psicopedagogos, educadores objetivo: colocar criança na inclusão para escola – noções do que são cores números, cerca de 100 crianças. Falou da Unidade II que oferece entre outros serviços de marcenaria, pintura, trabalho com idéia da Itália, Ivone/João coord.120 crianças. Falou do serviço do Centro de Referência onde ela, Tânia e outras cuidam de famílias e buscam essas famílias que tenham portadores de DEF e que não fazem parte do atendimento. Atendimento às famílias de acordo com as necessidades.Oficina para gerar renda: falou da dificuldade das famílias em quebrar paradigmas para mães trabalharem em casa. Ensinam tear, artesanato, manicure, pintura, ioga etc. Rua Ibetaguassú. De início não temos vaga. Livro de demanda de acordo com pessoas que saem
Dora - FALA SAPOPEMBA – De olho nas políticas públicas, o projeto que tem dia para começar e terminar junto com a Fundação Abrinq Pelos Direitos da Criança e do Adolescente - inicio em 2007 atende 50 adolescentes que já tiveram conflito com a lei ou não. Trabalhar com saúde, educação, cultura, lazer. Despertar neles o sentimento de conhecer seus direitos, seu bairro e suas necessidades partindo da realidade do adolescente, entender porque é tão complicado ser atendido na UBS, ou de conseguir vaga em uma creche, despertar essa angústia para não cair na normalidade e sim criar um sentimento crítico e formar lideranças que não resumem em brigar ou gritar, mas enxergar que o problema está em outras esferas públicas.
Andréia – “Fechou o contrato para projeto de oficinas”.
Marilene - (Betinho) falou dos projetos Cidadania Arco-íris e Redução de Danos: buscar kit e orientação sobre hepatite. Projeto Elas, onde orientam DST/AIDS em vários espaços públicos.
Rafael (CAPS – Centro de Atenção Psicossocial) psicólogo Saúde Mental SAP/Elba, Reunidas II, Mascarenhas, entre outros.
Diretora UBS Madalena: apresentação do PSF.
Ariosvaldo - Escola Visconde de Taunay e Aroldo de Azevedo, apresentação.
Lia Conselho Tutelar - “Tem uma rede que está furada” – garantia de direitos das crianças e adolescente em todas as circunstâncias. O CT continua com divulgação da gestão 2005/08 – desde início criaram-se barreiras entre CT e população, objetivo desmistificar o CT punitivo, mas CT parceiro – junto com a rede social mapear o que não funciona na região. Recentemente discutir com a Saúde mental casos encaminhados para UBS para fortalecer contato com as famílias. Relatou as dificuldades em discutir casos com as UBS e dificuldades com as ACS em relação às informações em como denunciar, falar, ser encaminhado. Para isso, proposta com a saúde mental em trabalhar com as UBS’s formações de como encaminhar ou declarar à gerência que precisa denunciar, sem que as famílias sejam prejudicadas. Aproximar o que tem de importante dos núcleos sócio educativos, entidades, cedecas, ubs, escolas, entre outros, divulgar o Conselho Tutelar.
Nilza UBS – apresentação PSF, unidade, abordou dificuldades em atender a demanda Pró-morar. “Nós estamos tentando costurar essa rede”.
Maristela – falou dos encaminhamentos e quase esgotou o conselho tutelar de tantos encaminhamentos realizados. A escola reflete esse trabalho. “Espero que possamos contribuir para o desenvolvimento da comunidade em geral”. “A visão que as pessoas possuíam do Haroldo é que lá só tinha “bandidos”. A escola quer desmistificar isso onde a comunidade aprenda que esses jovens querem mudar, caminhar; destacou a importância em trabalhar junto ao CEDECA, melhorando a Liberdade Assistida, a questão da saúde, acabar com a depreciação, inseri-los na sociedade e mercado de trabalho.
Ivoneide movimento popular -
Construção UBS PRÓ-MORAR urgente com o PSF (Programa Saúde da Família)
Movimento popular, atos, discussões com autoridades. “Já tivemos muitas conquistas nos bairros, pensar em como fazer essas discussões com entidades, para controle social e discutir se está. Desafio para rede: discutir e conhecer sobre a saúde. Sugeriu que assistíssemos o vídeo “Políticas de Saúde no Brasil, constituição de 88 e conselhos municipais de saúde”. Abordou a importância da existência dos conselhos para chegar a verba do ministério da saúde para desenvolver projetos e que todas discussões devem ser passadas para os conselhos. São contra as OS.
Lorena: apresentação, “mapear o que funciona e o que não funciona, a rede está furada”
Cristiane: apresentação do caso que deu certo. Caso este que passou por diversos equipamentos da região, demonstrando dessa forma, a importância da construção da rede.
Como contribuir para a construção da rede?

Inicio proposta
Encaminhamentos

Nilza: pensar em algum trabalho junto para tecer a rede, o que pode ser feito daqui pra frente?
Marilene:vai fazer um trabalho no pro morar com plantão jovem e convida a todos quer endereços e que a gente continue conversando. Ofereceu-se para fazer trabalho de orientação em DST/AIDS para o Sopão
Ana Paula: manter a rede atualizada.
Reunião trimestral ou mensal
Mapeamento serviços
Troca de atendimentos
Encaminhamentos
Cada equipamento tire um representante para trabalhar no fórum da criança / adolescente.
Dora: convidou para Fórum da criança adolescente que se realiza toda 3ª. Sexta-feira Santa Rosa de
Lima, Cristóvão de Vasconcelos reunião mensal.
Lorena: divulgação de endereços, representantes mínimos para garantir participação.
Ivoneide: Reuniões movimentos populares e fórum para divulgação de datas e horários com discussões específicas, precisamos desse espaço para trocar informações e de vários atores envolvidos.
Maristela:universalizar, usar um local, uma vez por mês para discutir o que funciona e o que não funciona. Ampliar rede
Nilza: resgatar objetivo do encontro, o que a gente pode fazer junto, eventos maiores dependerão de encaminhamentos a partir de hoje.
Maristela: falta informação e mostrar para o público a função de cada órgão. A escola está isolada, as pessoas não sabem o que buscar.
Lorena: Levar a sério como uma empresa; cadastrar todos envolvidos;distribuir funções; organizar; administrar de forma efetiva; resgatar casos que deram certo e registrá-los.
Andréia: iniciou com angústias da drogadição trabalhar em parcerias como na Arquiteto e buscar famílias para grupos de formação.
Rita: chamar as mães para participar da discussão, pois em casa conversa com seu filho, mas não vê o que ele faz na escola.
Vera ACS: as ações já existem de forma isoladas, a partir desses encontros além de organizar informações através do fórum e discutir planejar ações onde cada um possa contribuir com seu trabalho em eventos em parcerias.
Neves: trabalhar com as mães, o psf já atende essa demanda, convidou a todos para visitar esse trabalho.
Ivoneide: que os educadores venham discutir quem atingir e seus objetivos para não discutir apenas casos específicos.

FECHAMENTO

PROXIMA REUNIÃO 05/09/08 8h30min. CEDECA MPT

DEFINIR COMISSÃO

TRAZER EM CD O SERVIÇO PRESTADO